Artigos

 

 

Artigos Acadêmicos

Abaixo encontra-se uma coleção de artigos sobre o litoral paranaense. Clique no título para ver o resumo. O trabalho está disponibilizado em PDF. Caso queira sugerir algum artigo para constar nesta lista, entre em contato.

Sociocultural
  • placeAZEVEDO, N.T.(2016) A vulnerabilidade social dos municípios do litoral do Paraná: construção do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) com base nos dados dos setores censitários IBGE 2010. Guaju, Matinhos, v.2, n.2, p. 89-124p
    Neste artigo apresenta-se o processo de construção do Índice de Vulnerabilidade Social aplicado aos municípios do litoral do Paraná, bem como a análise de alguns resultados. Adotou-se uma perspectiva histórico-crítica, considerando os processos de diferenciação socioespacial como homologamente relacionados aos processos de acumulação, diferenciação e reprodução social nas sociedades capitalistas. Assim, a construção da métrica da vulnerabilidade social – a condição de indefesa dos indivíduos e domicílios frente a mudanças e riscos – é entendida como uma etapa no processo de compreensão da produção da vulnerabilidade social, que se expressa espacialmente como formas de diferenciação e segregação e que deve ser interpretada a partir dos processos históricos concretos. O IVS foi construído reproduzindo parcialmente a metodologia do IPVS da Fundação Seade, do estado de São Paulo, levando em conta as dimensões socioeconômica e demográfica das desvantagens sociais. Os resultados apontam para uma abrangente situação de vulnerabilidade social nos setores rurais, com destaque para os municípios de Antonina e Guaraqueçaba, condição essa ligada ao declínio da importância das atividades agropecuárias historicamente observado no litoral do Paraná. As melhores situações nos setores rurais estão em Guaratuba e Morretes, municípios que apresentam uma produção agropecuária mais significativa economicamente. Já nos setores urbanos, aponta-se processos de segregação espacial ligados; em Paranaguá, as transformações na atividade portuária e ao declínio de sua importância na composição da economia no município. Nos municípios praiano-turísticos, a segregação espacial divide as áreas de moradia da população local, em grande parte migrantes de baixa renda, das áreas destinadas às segundas residências dos veranistas. Palavras-chave: Vulnerabilidade social. Diferenciação socioespacial. Segregação socioespacial. Litoral do Paraná.

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  • placeESTEVES, C.J.O. (2011) Vulnerabilidade socioambiental na área de ocupação contínua do litoral do Paraná - Brasil. Tese de doutorado. UFPR Ciências da Terra. 353p
    No litoral do Paraná configurou-se uma ocupação contínua que envolve as áreas urbanas de quatro municípios: Paranaguá, Matinhos, Pontal do Paraná e Guaratuba. O primeiro se configura por uma funcionalidade estruturada em torno do porto e os demais se caracterizam por um padrão funcional relacionado às atividades balneárias. Em Matinhos, simultaneamente ao desenvolvimento de uma ocupação paralela à orla marítima destinada a segundas residências, ocorreu outra ocupação, situada em áreas opostas ao mar, habitada pelo morador permanente, boa parte dos quais migrantes. Nessas áreas, a maioria organizada em loteamentos, foi comum a ocupação de várzeas, banhados, encostas, áreas de preamar, mangues, entre outras. Neste contexto, nos últimos 30 anos, gradualmente foram ocupadas as áreas do Tabuleiro I e II e da Vila Nova (Matinhos), recorte espacial da pesquisa prática da tese. No Tabuleiro I e II e Vila Nova, não ocorreu a instalação de redes de coleta de esgoto resultando, conjuntamente com outros fatores, em degradação ambiental. Também houve a ocupação de áreas naturalmente inundáveis que, somadas as intervenções advindas da urbanização e as alterações na rede hidrográfica superficial, criaram áreas de risco ambiental associado às inundações urbanas. Nesta tese a interação espacial entre o risco e a degradação ambiental é entendida como a dimensão da vulnerabilidade ambiental.

    A hipótese defendida é que existe uma tendência das áreas de maior vulnerabilidade ambiental serem ocupadas pelas famílias de maior vulnerabilidade social, configurando situações de alta vulnerabilidade socioambiental, compreendida como a sobreposição/integração das condições de vulnerabilidade social/pobreza com as diferentes áreas de vulnerabilidade ambiental. Foi traçado como objetivo central analisar a dinâmica populacional e urbana dos Municípios Balneários da Área de Ocupação Contínua do Litoral do Paraná, relacionando a ocupação do Tabuleiro I, Tabuleiro II e da Vila Nova e identificar nestas três localidades situações de vulnerabilidade socioambiental. A análise teórica partiu dos pressupostos da geografia socioambiental, a qual concebe o objeto de estudo como fruto da interação das dimensões humanas e naturais do espaço. Como ferramenta de análise, a cidade de Matinhos foi concebida enquanto ambiente urbano do qual derivou um sistema ambiental urbano (SAU) no qual o Tabuleiro I e II e a Vila Nova foram considerados como parte integrante e integrada. Este sistema ambiental foi denominado SAUM/Tabuleiro I e II-Vila Nova e em toda a análise buscou-se contextualizá-lo dentro do universo ao qual está inserido. Os dados para a definição das áreas de risco/degradação e vulnerabilidade ambiental, bem como os que indicam a vulnerabilidade social/pobreza e das condições de habitação do Tabuleiro I e II e Vila Nova, foram levantados em campo. Os dados sobre a frequência de inundações e da cobertura da coleta de esgoto permitiram criar áreas para diferentes categorias de vulnerabilidade ambiental. Os dados socioeconômicos e de habitação avaliados sobre estas áreas comprovaram situações de alta vulnerabilidade socioambiental no interior do SAU.


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  • placePIERRI, N.E. (2003) Litoral do Paraná: entre a riqueza natural e a pobreza social. Desenvolvimento e Meio Ambeinte. nº 8, p25-41.
    O litoral paranaense possui uma natureza extensa, biodiversa e de beleza singular. A realidade social da região é diversa e contrastante. Vastas áreas de conservação, escassamente povoadas, coexistem com uma grande cidade portuária e balneários urbanos que crescem a ritmos vertiginosos. A dinâmica regional, que atrai crescentes contingentes de população de outras regiões do estado e de estados vizinhos, mostra-se insuficiente para superar a pobreza. Ao mesmo tempo, as múltiplas leis de proteção à natureza resultamineficazes para evitar os crescentes impactos ambientais. O artigo traz informações socioeconâmicas recentes, analisadas por grupos de municípios, visando compreender os elementos mais específicos que operam na reprodução da pobreza e dos impactos ambientais.

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  • placePOLINARI, M. (1998) Pescadores artesanais, caiçaras e outros conceitos utilizados erroneamente. In:Meio Ambiente e Desenvolvimento no litoral do Paraná: diagnóstico. Lima, R.E. e Negrelle, R.R.B. (Org) Editora UFPR; Brasília/CNPq
    A questão ambiental demanda pesquisas interdisciplinares sobre objetos bem definidos pelo método dedutivo e em seus contornos pelo método indutivo, numa construção de axiomas a priori e busca de validação dos mesmos. Sendo o conhecimento ambiental uma área nova do conhecimento nas sociedades capitalistas ocidentais, as questões conceituais são de fundamental importância. É nessa área, a da conceituação, que trabalhamos, tentando distinguir o que é um atributo imposto ao pescador por uma linguagem do senso comum urbano para figurar um outro povo, do que realmente se dá em relação à auto-identificação do pescador. Ocorre que esses atributos originados no senso comum muitas vezes são adotados como concetos científicos generalizados pelas instituições de pesquisa sobre o pescador e seu ambiente.

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Sambaquis
  • placeDEPINÉ,P; OKA FIORI,C (2005) ANáLISE AMBIENTAL DA áREA DO SAMBAQUI DO GUARAGUAçU, MUNICíPIO DE PONTAL DO PARANá, LITORAL DO ESTADO DO PARANá, BRASIL. R. RA´E GA, n. 9, p. 107-122.
    Este trabalho teve a finalidade original de apontar evidências da degradação do único sambaqui tombado no litoral paranaense, o Guaraguaçu (25o35’48’’ S, 48o28’12’’ W), sugerindo atividades que possam integrar a comunidade indígena local à preservação deste importante sítio arqueológico. A metodologia abordou desde a análise da documentação pertinente ao assunto até a confecção dos mapas, a partir da técnica do geoprocessamento. A análise ambiental da área apontou várias formas de degradação atual, envolvendo tanto processos naturais, como a erosão da base do sítio por um pequeno curso d’água, quanto processos antrópicos, como o escorregamento das conchas nas trilhas que levam ao topo do sambaqui.

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  • placeGERNET, M.V.; BIRCKOLZ, C.J. (2011) Fauna malacológica em dois sambaquis do litoral do Estado do Paraná, Brasil. Biotemas, 24 (3): 39-49.
    Os sambaquis são formações artificiais constituídos na sua maior parte por conchas de moluscos utilizadas na alimentação dos povos pré-historicos que habitaram nosso litoral. Esses sítios são encontrados em todo o litoral brasileiro, sendo que no Estado do Paraná, centenas foram catalogados a partir da década de 1940. A fragilidade desses sitios, sua importância como testemunhos da nossa pré-historia e seu rápido desaparecimento, justificam a realização de novos trabalhos que auxiliem na contextualização e elaboração de planos para a preservação deste patrimônio. Os trabalhos relacionados à fauna malacológica encontrada nos sambaquis restringem-se a citações das espécies mais comuns e algumas vezes apenas seus nomes populares. Um maior conhecimento da dieta desses habitantes pré-historicos nos permite uma melhor compreensão dos antigos ecossistemas naturais. O levantamento malacológico foi realizado nos sambaquis do Guaraguaçu e do Boguaçu, municípios de Pontal do Paraná e Guaratuba, respectivamente, e feito através da prospecção visual, consulta à bibliografia especializada e comparação à trabalhos anteriores, relativos à fauna dos sambaquis no litoral do Paraná. Ao todo, foram levantadas 29 espécies para o sambaqui do Guaraguacu e 17 espécies para o sambaqui do Boguacu, resultando em um total de 31 espécies.

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  • placePARELLADA, C.I. & GOTTARDI NETO, A. (1993) Inventário de sambaquis do litoral do Paraná. Arquivos do Museu Paranaense, nova série arqueologia, Curitiba, n.7, p.1-42.
    Este trabalho teve a finalidade original de apontar evidências da degradação do único sambaqui tombado no litoral paranaense, o Guaraguaçu (25o35’48’’ S, 48o28’12’’ W), sugerindo atividades que possam integrar a comunidade indígena local à preservação deste importante sítio arqueológico. A metodologia abordou desde a análise da documentação pertinente ao assunto até a confecção dos mapas, a partir da técnica do geoprocessamento. A análise ambiental da área apontou várias formas de degradação atual, envolvendo tanto processos naturais, como a erosão da base do sítio por um pequeno curso d’água, quanto processos antrópicos, como o escorregamento das conchas nas trilhas que levam ao topo do sambaqui.

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  • placeTAVARES, Y.A.G; GAULIER, P.L; RIBEIRO,E;OLIVEIRA,M.C.B. (2010) Sambaquis no Paraná:sua história e importância. FAFIPAR - MAE/UFPR. Folder
  • placeSERBENA, A.L. & GERNET, M.V. (2019) Aspectos sobre a história do forno de caieira do sambaqui do Guraguaçu, litoral do Paraná. III Simpósio Brasileiro de Desenvolvimento Territorial Sustentável, Matinhos/PR.
    Sambaquis são formações artificiais constituídos basicamente por conchas de moluscos, utilizadas tanto na construção destes monumentos quanto na alimentação dos povos pré-históricos. Estes sítios arqueológicos foram explorados principalmente para a fabricação de cal que ocorria através da queima de suas conchas em fornos chamados de caieiras. A importância econômica desta atividade no Litoral do Paraná é registrada na literatura histórica. Localizado a 300 metros do sambaqui do Guaraguaçu, encontra-se um forno de caieira com sete metros de altura por seis metros de base, construído no século XIX. Sua caracterização histórica se deu a partir de informações referentes aos carimbos “W. Hancock & Co.” presentes nos tijolos que fazem parte de sua estrutura. Os dados foram obtidos contactando a Buckley Society e também o Flintshire Record Office fornecendo informações sobre a referida empresa. Este forno faz parte de um importante conjunto patrimonial histórico-arqueológico do litoral paranaense e deve ser preservado.

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Gestão Costeira
  • placeANDRIGUETTO FILHO et al (2006) Diagnóstico da pesca no litoral do estado do Parana. In Isaac, V.N.; Haimovici, M.; Martins, S.A. & Andriguetto, J.M.(Org). A pesca marinha e estuarina do Brasil no início do século XXI: recursos, tecnologias, aspectos socioeconômicos e institucionais. Belém; UFPA; 186p.
    O litoral do Paraná é constituído por sete municípios, com superfície pouco superior a 6.000 km2 e população de 236.000 habitantes. Os pescadores distribuem-se em cerca de 60 vilas, rurais ou urbanas. A pesca sediada no estado é de pequena escala. Apenas os barcos camaroneiros, baseados no município de Guaratuba, constituem uma pescaria especializada e empresarial. A plataforma interna é dominada pela pesca de arrasto dos camarões sete-barbas e branco, este também capturado pela pesca de caceio (deriva) e pela pesca de gerival. O emalhe destaca-se entre as pescarias de peixe. Os tamanhos de malha variam comumente de 4,5 a 22 cm entre nós opostos, chegando a 60 cm para a captura de cações. Há uma grande diversidade de outras práticas, algumas de distribuição muito localizada: espinhel, cambau, lanços de rede, arrastão de praia, irico, cerco fixo e coleta de moluscos e crustáceos. A produção total anual tem oscilado entre 500 e 2.500 t. Paranaguá e Guaratuba respondem respectivamente por 26% e 64% dos desembarques, compostos de 27 tipos de recursos pesqueiros, correspondendo a 72 espécies. Nos últimos anos, moluscos, peixes e crustáceos representaram respectivamente 1%, 26% e 73% do desembarque total. O grupo dos crustáceos é amplamente dominado pelos camarões, cuja participação dificilmente ficou abaixo de 50%. Entre os peixes, destacam-se os Clupeidae e Sciaenidae. Os camarões respondem por cerca de 40% da receita total anual, que, em reais (R$) de 2002, oscilava entre 3,7 e 6,9 milhões no início dos anos 90. Os locais de desembarque são muito pulverizados. As empresas de pescado e os mercados municipais de Paranaguá e Guaratuba são os principais e concentram a primeira comercialização. Há mercados comunitários e desembarque de praia em várias localidades. O produto é revendido, sob várias apresentações, para Curitiba, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Os comerciantes locais nas vilas rurais constituem outra forma expressiva de escoamento da produção. Os principais tipos de embarcação são as canoas monóxilas, bateiras, botes e barcos, a maior parte de madeira. O número oficial mais recente é de 930 embarcações, relativamente estabilizado desde 1992, depois de uma queda marcada desde 1987. Um levantamento em 1995 indicou 749 embarcações motorizadas. O número total de pescadores registrados aumentou mais de 39% entre 1989 e 1996, chegando a 6.548. Atualmente, o número oficial, reconhecidamente subestimado, é da ordem de 4.200 pescadores. Naquele mesmo período, o número de pescadores filiados às colônias também aumentou, mas o declínio dos que se mantinham em dia foi mais intenso, recuperando-se em anos recentes para atingir pouco mais de 4.000 em 2002. Parece considerável o número de pescadores sem o registro profissional e filiação às colônias. Várias vilas e bairros têm associações de moradores com participação expressiva de pescadores. Quanto às relações de trabalho, predominam amplamente a informalidade e o clientelismo. As normas de manejo pesqueiro com repercussão no Paraná são o defeso do camarão, o licenciamento para o sete-barbas e a faixa reservada às embarcações de pequeno porte. Além da legislação pesqueira, várias normas de proteção ambiental se aplicam ao litoral do Paraná, limitando o uso de recursos florestais pelo pescador. Em relação ao apoio governamental, funcionaram recentemente os programas estaduais “Paraná 12 Meses”, de fomento ao setor primário, e “Baía Limpa”, eminentemente paternalista. O atual programa de subsídio ao óleo diesel para embarcações de pesca ainda não está funcionando no Paraná. Verificam-se duas grandes categorias de conflitos: aqueles internos ao setor, decorrentes do acesso livre e da competição entre escalas e modalidades de pesca; e os conflitos e contradições externos, como conflitos fundiários e desalojamento de pescadores, conflitos com órgãos de governo e ONGs em torno de restrições legais e problemas institucionais, além de conflitos de mercado.

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  • placeCALDEIRA,G.A.; PIERRI,N. (2014) As relações econômicas e a gestão compartilhada de recursos comuns: o caso da pesca marinha em Pontal do Paraná, Sul do Brasil .
    Este artigo aborda a importância da consideração das dinâmicas econômicas nos processos de gestão compar- tilhada da pesca. A discussão se baseia em um diagnóstico dos principais condicionantes de resultados socio- econômicos e ecológicos da atividade no município de Pontal do Paraná, litoral do Paraná, no Sul do Brasil. A análise foi orientada por um modelo sistêmico que, à luz da economia política marxista, integrou elementos da organização social da produção a modelos que investigam o papel das instituições na criação de incentivos capazes de moldar o comportamento dos usuários e, consequentemente, in uenciar os resultados obtidos com o uso de recursos comuns. A abordagem se mostrou extremamente útil para a compreensão da in uência das dinâmicas econômicas na estrutura de incentivos ao comportamento dos pescadores e na con guração de maus resultados obtidos com a pesca, tais como a degradação da base de recursos, diferenciação social e pobreza. Além disso, a abordagem apontou caminhos profícuos para incorporar a dimensão econômica ao processo de gestão compartilhada em busca de uma atividade economicamente e ciente, socialmente justa e ecologicamente prudente.

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  • placeCARNEIRO,C.F.A.G. (2007) A Constituição de Patrimônios Naturais e o tombamento da Serra do Mar no Paraná. Tese de Doutorado, UFPR. 553p.
    O presente trabalho analisa na generalidade o processo de constituição de patrimônios naturais, como prática do Estado, cujo advento se associa à modernidade, pela qual se escolhe e coloca sob tutela determinadas paisagens, consideradas notáveis ou símbolo de identidade. O caso específico estudado é aquele que transformou uma área de 386.000 ha. da Serra do Mar, incluindo uma das parcelas mais bem protegidas da floresta atlântica, em patrimônio cultural do Estado do Paraná, no Brasil. Procurou-se compreender: a idéia de patrimônio cultural e natural, suas condições de advento e os diversos conceitos que a ela são vinculados; as noções de tempo, lugar, memória, identidade, valor, natureza, sítio, paisagem; as relações entre sociedade e natureza no Brasil e no Paraná; o processo de constituição e gestão dos patrimônios naturais em âmbito federal e estadual. A partir daí abordou-se a Serra do Mar e suas múltiplas interações com a sociedade e a economia paranaenses em diversos momentos da história, bem como as representações que a ela são associadas. Posteriormente estudou-se o processo pelo qual a Serra se constituiu em patrimônio, procurando relacionar atores envolvidos, os discursos e contextos políticos. Concluiu-se, que há uma cisão entre os discursos que embasam as políticas ambientais e as práticas de apropriação dos recursos do ambiente que são correntes no Brasil, viu-se também que não há correspondência entre o valor que se atribui aos bens da natureza nas diversas manifestações culturais – onde são considerados símbolos da nação – e o patrimônio cultural natural que se estabeleceu oficialmente. Quanto à Serra do Mar, evidenciou-se que o interesse por sua proteção definiu-se mais no âmbito dos estados do que da União Federal, que seu tombamento se vincula fortemente ao período histórico da redemocratização do país e que sua proteção atendeu a um movimento de intelectuais e não ao clamor popular.

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  • placeCALDEIRA,G.A; MAFRA, T.V., MALHEIROS, H.Z. (2016) Limites e possibilidades para a gestão participativa da pesca no litoral do Paraná, sul do Brasil: experiências do Projeto “Nas Malhas da Inclusão” .
    No presente artigo, à luz de conceitos e formulações teóricas sobre a apropriação e a gestão compartilhada de recursos comuns, são analisadas algumas condições chave para a gestão da pesca no litoral do Estado do Paraná (Brasil) e apresentadas recomendações para a superação dos obstáculos e aproveitamento das oportunidades existentes. A análise foi baseada em experiências e informações obtidas no âmbito do projeto “Nas Malhas da Inclusão”, um conjunto de ações desenvolvidas por meio de parceria entre ONGs, órgãos do governo envol- vidos na gestão pesqueira e pescadores, com o objetivo de promover a gestão participativa da pesca no litoral do Paraná. A pesquisa identi cou uma série de limitações do atual modelo de gestão, as quais comprometem os resultados obtidos e colocam os pescadores da região em condição de vulnerabilidade, não apenas pela ine- ciência em promover a conservação dos recursos, mas também pela ilegalidade de boa parte de suas práticas de pesca. A superação dessas limitações requer ações consistentes e contínuas em diversas frentes, incluindo a construção de arranjos institucionais apropriados, a obtenção de informações, o empoderamento dos pescadores e o fomento a novas formas de organização social da produção. Infelizmente, tais ações parecem não fazer parte dos planos governamentais para o setor pesqueiro no Brasil e no Paraná.

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  • placeHAIMOVICI, M.; ANDRIGUETTO FILHO, J.; SUNYE, P.S. - orgs. (2014) A Pesca Marinha e Estuarina no Brasil: estudos de caso multidisciplinares.
    No presente artigo, à luz de conceitos e formulações teóricas sobre a apropriação e a gestão compartilhada de recursos comuns, são analisadas algumas condições chave para a gestão da pesca no litoral do Estado do Paraná (Brasil) e apresentadas recomendações para a superação dos obstáculos e aproveitamento das oportunidades existentes. A análise foi baseada em experiências e informações obtidas no âmbito do projeto “Nas Malhas da Inclusão”, um conjunto de ações desenvolvidas por meio de parceria entre ONGs, órgãos do governo envol- vidos na gestão pesqueira e pescadores, com o objetivo de promover a gestão participativa da pesca no litoral do Paraná. A pesquisa identi cou uma série de limitações do atual modelo de gestão, as quais comprometem os resultados obtidos e colocam os pescadores da região em condição de vulnerabilidade, não apenas pela ine- ciência em promover a conservação dos recursos, mas também pela ilegalidade de boa parte de suas práticas de pesca. A superação dessas limitações requer ações consistentes e contínuas em diversas frentes, incluindo a construção de arranjos institucionais apropriados, a obtenção de informações, o empoderamento dos pescadores e o fomento a novas formas de organização social da produção. Infelizmente, tais ações parecem não fazer parte dos planos governamentais para o setor pesqueiro no Brasil e no Paraná.

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  • placeIPARDES (1989) Zoneamento do Litoral Paranaense. Curitib, 175p.
    Este macrozoneamento tem por objetivo principal apresentar um elenco de diretrizes, normas, sugestões e recomendações que cantribuam para o desencolvimento harmônico da região, compatibilizando as atividades produtivas com o potencial dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente, ou seja, propiciando o eco-desenvolvimento. Essa compatibilização trará benefícios tanto para as atividades que poderão aproveitar de forma sustentada o importante potencial de recursos da região como para a proteção dos ecossistemas naturais e outros objetos de interesse.

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  • placeKRUG, L.A; NOERNBERG,M.A. (2007) O sensoreamento remoto como ferramenta para a determinação de batimetria de baixiios na baía das Laranjeiras, Paranaguá-PR
    Baixios representam riscos a navegação no interior dos estuá´rios. Portanto, devem ser bem delineados e tais informações devem ser frequentemente atualizadas. Métodos hidrográ´ficos tradicionais têm dificuldade em cobrir á´reas rasas devido sua extensã˜o e relevo. Uma alternativa é´ o uso de imagens de saté´lites para mapear essas á´reas, com as vantagens de baixo custo e rápido resultado. No setor norte do Complexo Estuarino de Paranaguá´ o último levantamento batimé´trico foi realizado na dé´cada de 50 e um novo mapeamento destas á´reas, mesmo sem a acurá´cia das cartas ná´uticas, é´ de utilidade para o planejamento de estudos, modelagem ambiental e navegação de pequenas embarcaçõ˜es. Este estudo teve o objetivo de avaliar o potencial de gerar mapa batimé´trico das á´reas rasas da Baía das Laranjeiras, atravé´s do sensoriamento remoto. A aplicaçã˜o deste mé´todo é´ fá´cil e mostrou-se bastante ú´til em regiõ˜es onde nã˜o existem dados batimé´tricos ou estes precisam ser atualizados. O mapa obtido é´ bastante fiel dentro dos limites batimé´tricos que se pretende, entre 0,36 e 4,5 m de profundidade, principalmente considerando que 75% do complexo estuarino possui profundidade inferior a 5 m.

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  • placeLixo Marinho (2011). Revista da Gestão Costeira Integrada 11(1):7-19.
    Em resposta ao volume e gravidade do problema, o lixo marinho é um assunto que vem tomando um vulto assustador no meio científico nas últimas décadas. A maioria dos artigos se refere a estudos conduzidos em ambientes costeiros como praias, estuários, recifes, restingas e costões rochosos. Daí o interesse da RGCI/JICZM em reunir neste número artigos sobre esse tema. Esperamos com essa iniciativa dar uma contribuição relevante para o esclarecimento de conceitos e processos, assim como divulgar opiniões, diagnoses e perspectivas sobre o lixo marinho. Desta feita, integramos trabalhos desenvolvidos em todos os ecossistemas aquáticos continentais, costeiros e marinhos.

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  • placeMAFRA, T.V. (2012 )Estratégias técnicas e econômicas dos sistemas de produção
    pesqueiros da região de Guaraqueçaba, litoral do Parana. Dissertação de Mestrado. Meio Ambiente e Desenvolvimento. UFPR. 232p.
    Esta pesquisa analisou comparativamente as estratégias de pesca – técnicas e econômicas – de dez vilas de Guaraqueçaba, a partir de uma abordagem sistêmica. Os dados utilizados foram obtidos por meio das metodologias de monitoramento pesqueiro participativo e mapeamento participativo, realizados em 2009, e entrevistas estruturadas, aplicadas nos domicílios em 2011. Através desses dados, as vilas foram agrupadas quanto às variáveis de análise e, posteriormente, em relação às semelhanças entre suas estratégias. Barra da Ararapira e Vila das Peças se mostraram distintas das demais vilas, isso por realizar tanto pescarias no estuário como na plataforma continental. Porém, a Vila das Peças realiza a pesca de arrasto de camarão através de uma frota composta por botes, enquanto a Barra da Ararapira concentra seus esforços nas práticas para a captura de peixes, características que as definiram em grupos diferentes de estratégias técnicas. As demais vilas foram reunidas em um mesmo grupo de estratégia técnica, que é caracterizado pela diversidade de práticas, atuação dentro do estuário e no mangue e grande concentração de redes, gaiolas e gerivais em sua composição de apetrechamento. Dentro desse grupo, as vilas de Engenho Velho e Vila da Ilha Rasa aparecem como dois extremos, podendo ser consideradas como dois subgrupos de estratégias técnicas. Já nas estratégias econômicas relacionadas à pesca, as vilas foram divididas em três grupos, que expressam as condições comerciais, de infraestrutura e de obtenção de renda de cada vila. Cruzando as duas classificações, cinco grupos de combinação de estratégias são descritos, o que denota que vilas com mesma estratégias técnica possuem distintas condições econômicas. As vilas também foram organizadas em um gradiente de importância dos distintos ambientes costeiros (plataforma continental, estuário e mangue) para a pescaria de cada vila, o que sugere que elas possuem diferentes estratégias de pesca orientadas pela intensidade de exploração desses ambientes. Contudo, acredita-se que para a gestão da pesca do litoral paranaense o agrupamento de vilas relacionado aos sistemas de produção pesqueiros existentes na literatura sejam as unidades a ser manejadas, porém, a realização de estudos sobre as estratégias pesqueiras (técnicas e econômicas) é essencial para o aprofundamento nas particularidades de cada sistema e das respostas frente às pressões exercidas no sistema socioecológico local. Esta pesquisa destaca a importância de se avaliar as escalas de uso dos recursos comuns, pois isso possibilita a averiguação da heterogeneidade e complexidade dos sistemas envolvidos.

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  • placeNOERNBERG, M.A.; ANGELOTTI, R.; CALDEIRA, G.A. & RIBEIRO DE SOUSA, A.F. (2008) Determinação da sensibilidade do litoral paranaense à contaminação por óleo.Braz. J. Aquat. Sci. Technol., 2008, 12(2):49-59.
    The Paraná State has more than 80% of its coast classified with the highest level of environmental sensibility (mangrove and salt marsh). The intense harbor activities and a history of accidents coexist with one of the most important remnant of the Atlantic Forest, eighteen conservation areas and about seventy traditional communities. This demands integrated actions in order to reduce the risks of oil contamination, including an intense monitoring and an effective contingency plan.

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  • placePARANÁ (2006). Paraná Mar e Costa. Subsídios ao Ordenamento das Áreas Estuarinas e Costeiras do Paraná. PNMA II. Curitiba.137p
    Com intuito de dar subsídios ao ordenamento das áreas estuarina e costeira do Paraná, o GOVERNO DE ESTADO DO PARANÁ , através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMA, no ano de 2006 lançou esta publicação que traz informações sobre o litoral paranaense, suas características ambientais e socioeconômicas e seus conflitos.

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  • placePIERRI, N.E; AMGULO, R.J; SOUZA, M.; KIM,M.K. (2006) A ocupação e o uso do solo no litoral paranaense: condicionantes, conflitos e tendências. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 13, p. 137-167.
    Com intuito de dar subsídios ao ordenamento das áreas estuarina e costeira do Paraná, o GOVERNO DE ESTADO DO PARANÁ , através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMA, no ano de 2006 lançou esta publicação que traz informações sobre o litoral paranaense, suas características ambientais e socioeconômicas e seus conflitos.O objetivo deste artigo é apresentar as formas de ocupação e uso do litoral paranaense com foco na especificidade costeira, trazendo os elementos descritivos fundamentais, mas tentando pesquisar al- guns fatores condicionantes e explicativos, assim como perceber as tendências presentes. As formas atuais principais do uso do solo costeiro no Paraná são o portuário, o pesqueiro, o turístico e a conser- vação de ecossistemas presentes e de sua biodiversidade. Para conhecer sua origem e compreender sua forma atual, apresenta-se o histórico da região e se aportam dados que caracterizam e dimensionam esses quatro usos do solo costeiro. A partir disso, analisam-se as condicionantes físicas desses usos, assim como suas conseqüências em termos de conflitos e tendências. Por último, apresentam-se dados básicos da dinâmica populacional, entendida como reflexo ou expressão da dinâmica econômica que preside a ocupação do espaço e a apropriação e uso dos recursos. Desta forma, o artigo tenta captar a dialética entre as condições naturais e os processos históricos que determinam a configuração do espaço social.

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  • placePINTO, R.C. PASSOS, E. & CANEPARO, S.C. (2012) Classificação dos Movimentos de Massa ocorridos em Março de 2011 na Serra da Prato, Estado do Paraná. Geoingá, 4(1):3-27.
    Os movimentos de massa caracterizam-se por serem processos naturais de evolução das encostas e, portanto, da paisagem como um todo. De acordo com a velocidade e composição do material deslocado vertente abaixo, recebe diferentes denominações. São processos desencadeados por uma série de fatores naturais, porém, podem ser potencializados pela ação antrópica. No Brasil, os movimentos de massa de grande magnitude, quando ocorridos em áreas ocupadas, ganham contexto de desastres naturais, uma vez que, provocam consideráveis prejuízos socioeconômicos, e por vezes, com vítimas fatais. Estudos desses fenômenos no país aumentaram a partir de meados do século XX, após registros de eventos catastróficos. Nos últimos anos, os ocorridos no Vale do Itajaí, Santa Catarina (2008), na região serrana do Rio de Janeiro (2011) e no do litoral paranaense (2011), tiveram grandes proporções. Esse último deixou um rastro destruição e prejuízos significativos para população local. Nesse contexto, este estudo de caso, baseado em consulta de referencial específico, material cartográfico e, sobretudo análises em campo, se propôs a classificar o evento ocorrido no litoral do Estado do Paraná, mais precisamente no compartimento de relevo denominado Serra da Prata, de maneira apropriada, assim como demonstrar aspectos referentes às alterações provocadas pelo fenômeno em questão.

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  • placeRIBEIRO,L.; SILVEIRA,R.M.P.; NUCCI, J.C. (2013) O crescimento populacional como fator de risco à perda florestal no município de Pontal do Paraná, litoral paranaense, Brasil.Revista do Departamento de Geografia – USP, Volume 25 (2013), p. 120-139.
    A pressão antrópica é resultado, na maioria das vezes, da falta de planejamento urbano, que tem como consequência a ocupação desorganizada e forte impacto sobre os recursos naturais. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi quantificar os remanescentes de floresta natural em relação à expansão da urbanização no município de Pontal do Paraná, litoral Paranaense, Brasil. Os dados relativos ao crescimento populacional foram oriundos do censo de 2000 e 2010, disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A quantificação do remanescente florestal e a evolução da urbanização foram realizadas por meio de análise temporal de imagem de satélite Landsat5 referente aos anos de 2000 e 2010, em escala 1:60000. Os softwares utilizados foram o ENVI 4.7 e ArGis10. Os resultados indicaram crescimento populacional de 46 pontos percentuais e um aumento de 2,23 pontos percentuais da área urbanizada entre os anos 2000 e 2010. Concluiu-se que o aumento populacional ocorrido nesta década causou perda da floresta nativa referente à Floresta Ombrófila Densa de terras baixas, de Restinga e de Manguezal.

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  • placeSAMPAIO, R. (2006) Ocupação das orlas das praias paranaenses pelo uso balneário. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 13, p. 169-186.
    A apropriação das orlas das praias é um fenômeno recente na história dos assentamentos costeiros e decorre de um interesse específico pelos litorais, não presente anteriormente como manifestação cul- tural, que é o uso balneário. Invariavelmente vinculado a cidades próximas que concentram a produção e onde residem permanentemente seus freqüentadores ?– os veranistas ?–, o uso balneário tem gerado assentamentos que se caracterizam sobretudo pela presença dominante das segundas residências, de utilização temporária, e pela apropriação longitudinal das orlas, que configura manchas urbanas es- treitas e alongadas e que tendem a ocupar toda a extensão das praias. No Estado do Paraná o uso balneário se iniciou na década de 1920 mas se desenvolveu, efetivamente, a partir dos anos 1950, por um processo intenso de apropriação que dominou completamente suas orlas oceânicas ao sul da baía de Paranaguá, e do qual derivaram danos como a erosão costeira, o comprometimento de cursos e corpos d?’água, a destruição da paisagem e a expulsão de colônias de pescadores, além de problemas urbanos, como a desordem viária e a baixa qualidade ambiental dos assentamentos. O artigo a seguir apresenta o processo de ocupação da parte do litoral paranaense que se conformou para o uso balneá- rio, a configuração urbana resultante do modelo de apropriação adotado, os danos e problemas dele decorrentes, e o quadro normativo que, a partir dos anos 1980, objetiva controlar a produção do espaço balneário com a legislação estadual, que se sobrepõe às municipais, o que constitui fato incomum na gestão das áreas litorâneas brasileiras.

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  • placeSANTOS, L.P. (2006). Resíduos Sólidos (Lixo) na praia do Balneário de Pontal do Su, Pontal do Paraná, e sua relação com as atividades turísticas. Monografia de graduação. Curso de Oceanografia-UFPR. Pontal do Sul, Pontal do Paraná. 58p.
    Os ambientes costeiros são suscetíveis ao acúmulo de resíduos sólidos, que se originam de inúmeras fontes. Aspectos como sua persistência ambiental, grande consumo da sociedade moderna, ausência ou ineficácia de programas de gerenciamento de resíduos e o descarte inadequado tornam o lixo uma das principais formas de poluição marinha, com conseqüências ambientais e socioeconômicas. A praia do balneário de Pontal do Sul foi amostrada, em dois setores distintos, no período entre setembro/05 a abril/06 (antes e depois dos feriados da Pátria, da República, Ano novo, Carnaval e Páscoa), com o objetivo de avaliar a variação da abundância de lixo, classificando-o de acordo com sua composição e suas prováveis fontes de despejo. Os itens plásticos predominaram nas amostras, representando 76% de todos os resíduos. A densidade média encontrada foi de 0,11 itens/m2 no setor protegido e 0,05 itens/m2 no setor exposto. Em relação à abundância total dos resíduos, esta obteve diferença significativa entre os feriados, onde os menores índices foram encontrados no Ano Novo e Carnaval, devido a limpeza realizada pela prefeitura na temporada de verão. Posteriormente aos feriados, houve um acréscimo significativo da quantidade de lixo. Entre os setores também teve diferença significativa, sendo que a praia protegida obteve as maiores médias de quantidade. O lixo doméstico, proveniente dos centros urbanos, foi o mais amostrado no período estudado (61% em média), com exceção das coletas realizadas posteriormente aos feriados da República, Ano Novo e Carnaval, os quais apresentaram maior número de lixo oriundo da atividade turística. A atividade pesqueira também contribuiu para o aporte de lixo, representando uma média de 14% entre as coletas. Com o intuito de avaliar a percepção dos usuários da praia em relação à problemática do lixo, foram aplicados 100 questionários durante a temporada de verão. A maioria das respostas (66,63%) diz respeito aos problemas diretamente relacionados ao homem, seja pela saúde e segurança ou prejuízo ao turismo e a economia. Dentre as respostas enquadradas como problema ambiental, estas foram abrangentes em sua maioria, como “poluição”, e “degradação”. Nenhuma resposta mencionou problemas à vida marinha, como enredamento e ingestão de resíduos. Apenas 18% dos entrevistados reconhecem a amplitude dos impactos do lixo marinho, ou seja, que o mesmo traz prejuízos ambientais e socioeconômicos. Estes dados evidenciam a necessidade de campanhas de Educação Ambiental com tal enfoque.

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Geologia e Geomorfologia
  • placeANGULO, R.J. (1993) Variações na configuração da linha de costa no Paraná nas últimas décadas. boletim paranaense de Geociências. 41:52-72.
    O objetivo deste artigo é apresentar as formas de ocupação e uso do litoral paranaense com foco na especificidade costeira, trazendo os elementos descritivos fundamentais, mas tentando pesquisar al- guns fatores condicionantes e explicativos, assim como perceber as tendências presentes. As formas atuais principais do uso do solo costeiro no Paraná são o portuário, o pesqueiro, o turístico e a conser- vação de ecossistemas presentes e de sua biodiversidade. Para conhecer sua origem e compreender sua forma atual, apresenta-se o histórico da região e se aportam dados que caracterizam e dimensionam esses quatro usos do solo costeiro. A partir disso, analisam-se as condicionantes físicas desses usos, assim como suas conseqüências em termos de conflitos e tendências. Por último, apresentam-se dados básicos da dinâmica populacional, entendida como reflexo ou expressão da dinâmica econômica que preside a ocupação do espaço e a apropriação e uso dos recursos. Desta forma, o artigo tenta captar a dialética entre as condições naturais e os processos históricos que determinam a configuração do espaço social.

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  • placeANGULO, R.J. (1993) Morfologia e Gênese das dunas frontais do Litoral do Estado do Paraná. Revista Brasileira de Geociências, 23(1):68-80.
    Neste trabalho, analisam-se a morfologia, as características texturais e as estruturas sedimentares dos cordões dunares que existem ou existiram, até serem destruídos pela ocupação urbana, ao longo do litoral paranaense e descrevem-se as características dos ventos e precipitações na área, com o objetivo de compreender a origem e evolução dos cordões dunares. São discutidas quais as variáveis que influenciam a evolução das dunas, concluindo- se que todos os cordões dunares formaram-se junto à linha de costa, a partir de dunas frontais, com o auxílio da vegetação e que não houve migração significativa das dunas. O diferente grau de desenvolvimento dos cordões foi atribuído a mudanças nas variáveis que comandaram sua evolução, principalmente climáticas, e à velocidade das variações relativas do nível do mar. As diferenças morfológicas foram atribuídas a variações nas condições climáticas ocorridas durante a formação dos cordões. Questiona-se, também, a existência do processo de "dissipação" de dunas.

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  • placeANGULO, R.J. (2000) As praias do Paraná: problemas decorentes deuma ocupaão inadequada. Revista paranaense de esenvolvimento. 99:97-103.
    O artigo a seguir foi publicado originalmente no Boletim Análise Conjuntural, em janeiro de 1984. A iniciativa de reeditá-lo partiu dos editores desta Revista, que avaliaram a sua importância não apenas como um marco do envolvimento do IPARDES com a questão ambiental no litoral paranaense, mas também por expressar questões que, desde aquela época, adquiriram maior relevância no processo de ocupação dessa região, servindo de referência a alguns dos artigos incluídos neste número, que tratam da interface entre processos socioeconômicos e ambientais.

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  • placeANGULO, R.J.; SOARES, C.R.; MARONE, E.; SOUZA, M.C.;ODRESKI, L.L.R.; NOERNBERG, M.A. (2006) Paraná. In: Erosão e progradação no litoral brasileiro. Dieter Muehe, organizador. Brasília: MMA. 476p.
    No Paraná, os problemas de erosão costeira são decorrentes da interferência entre a intensa dinâmica natural e a ocupação inadequada do solo. Próximo das de- sembocaduras estuarinas, as variações da morfologia dos deltas de maré vazante têm provocado grandes modificações da costa com progradação ou retrogradação de centenas de metros em menos de uma década. Já nas costas de mar aberto, sem influência direta de obras costeiras, não foram observadas variações da linha de costa superiores a 10 m nos últimos 50 anos. Por outro lado, a ocupação tem se caracterizado por ser muito próxima da linha de costa ou mesmo sobre a praia, pela destruição das dunas frontais e por obras de canalização, dragagem e infra-estrutura urbana que não consideram de forma adequada a dinâmica natural. A partir dos valores da progradação e retrogradação da costa paranaense, nas últimas cinco décadas, não é possível identificar tendências gerais. As variações da linha de costa podem ser explicadas principalmente pelos processos naturais locais ou pela interferência destes com a ocupação.

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  • placeANGULO, R.J.; SOARES, C.R.; MARONE, E.; SOUZA, M.C.;ODRESKI, L.L.R.; NOERNBERG, M.A. (2016) Paraná. In: Erosão e progradação no litoral brasileiro. Dieter Muehe, organizador. Brasília: MMA. 476p.
    No Paraná, os problemas de erosão costeira são decorrentes da interferência entre a intensa dinâmica natural e a ocupação inadequada do solo. Próximo das de- sembocaduras estuarinas, as variações da morfologia dos deltas de maré vazante têm provocado grandes modificações da costa com progradação ou retrogradação de centenas de metros em menos de uma década. Já nas costas de mar aberto, sem influência direta de obras costeiras, não foram observadas variações da linha de costa superiores a 10 m nos últimos 50 anos. Por outro lado, a ocupação tem se caracterizado por ser muito próxima da linha de costa ou mesmo sobre a praia, pela destruição das dunas frontais e por obras de canalização, dragagem e infra-estrutura urbana que não consideram de forma adequada a dinâmica natural. A partir dos valores da progradação e retrogradação da costa paranaense, nas últimas cinco décadas, não é possível identificar tendências gerais. As variações da linha de costa podem ser explicadas principalmente pelos processos naturais locais ou pela interferência destes com a ocupação.

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  • placeBIGARELLA, J.J. (2001) Contribuição ao Estudo da Planície Litorânea do Estado do Paraná. Brazilian Arquives of Biology and Technology:65-110
    The present paper contains an approach to systematize the study of the State of Paraná coastal plains, in the southern part of Brazil. It contains in general some geographical and geological data, documented by maps, sketches and photographs. In the initial stage the coastal plain represents a marine ingression, caused by faulting. This ingression penetrated the valleys of a not yet determinated geological landscape. Ended the movement of deeping by faulting begins the epirogenic ascension and building of the barriers and beach ridges. An intensive sedimentation caused the lagoons and bays obstruction. This work refers mainly to the sedimentary formations and the coastal plains is classified in the following way for the study in consideration to the morphology and origin: Marine sedimentation – shore, barrier and beach ridge; Intermediary sedimentation – mangrove swamps, mud and sand banks and mangrovito; Continental sedimentation – dunes and terrestrial alluvion. There are also presented some data about the rocky coast and vegetation.

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  • place BOSKI,T., ANGULO,R.J., SOUZA,M.C., BARBOZA,E. G., KNICKER,H., GONZÁLEZ-PÉREZ,J. A. and GONZÁLEZ-VILA,F.J. (2015) Progradation rates of coastal barriers estimated from the 14C age of soil organic matter. JOURNAL OF QUATERNARY SCIENCE, 30(1) 9–18
    The antecedent geomorphological and structural framework combined with nearshore dynamics and sediment budget provided the conditions necessary for the formation of coastal plains along the southern Brazilian littoral during the Holocene. To establish a temporal framework for littoral accretion, we applied 14C dating of humic organic material from the B-horizon of spodosols. The dated soils developed under Atlantic tropical forest, which covers the coastal barriers along the Santa Catarina shoreline of south-east Brazil. The obtained ages point to a highly coherent trend in barrier accretion and indicate that the transfer of organic matter from the surface to the B-horizon has largely been occurring vertically at the same time as the sediment surface was colonized by Atlantic forest. Accretion of the strandplain in the coastal cell of Volta Velha began ca. 6800 cal a BP, initially at a rate of ca. 22 cm a1 and reaching 58 cm a1 during the last 3 ka. Structural analysis of the dated humic material was by analytical pyrolysis and solid-state 13C nuclear magnetic resonance spectroscopy. Both techniques revealed marked compositional differences between the organic matter of different ages, which are discussed in terms of time-dependent degradation processes.

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  • placeGIANNINI, P.C.F1; ANGULO, R.J.; SOUZA, M.C.; KOGUT,J.;S DELAI5,M.S. (2004) A erosão na costa leste da Ilha do Mel, Baía de Paranaguá, Estado do Paraná: modelo baseado na distribuição espacial de formas deposicionais e propriedades sedimentológicas. Revista Brasileira de Geociências, Volume 34
    A ilha do Mel, constituída por planície de cordões litorâneos holocênicos, tem experimentado mudanças morfológicas intensas nos últimos 50 anos, com destaque para o estreitamento gradual de seu istmo central, de mais de 150 m para menos de 5 m. O lado oriental da ilha é sub-paralelo a um mesmo cordão litorâneo, submetido a processo de erosão acentuada. Pode-se admitir, portanto, que este cordão atue como área fonte sedimentologicamente uniforme da praia atual. Adotada esta premissa, qualquer variação significativa na granulometria e na assembléia de minerais pesados ao longo da praia pode ser atribuída ao efeito resultante do transporte sedimentar. Os resultados de análise granulométrica e de minerais pesados encontrados ao longo da praia do Farol, no lado leste da ilha, com base em amostragens realizadas em duas datas (1994 e 2001) permitem sugerir um padrão celular de deriva litorânea, com duas zonas de convergência e uma zona de divergência. Este padrão é coerente com observações de campo e geomorfologia: a zona de convergência do meio-norte da praia coincide com a localização de uma cúspide arenosa desenvolvida recentemente, a zona de divergência incide justamente sobre a área erosiva, no istmo central, e a zona convergente sul ocorre sobre um esporão arenoso também desenvolvido recentemente. Desse modo, a erosão acelerada no istmo pode ser explicada pela inanição sedimentar devida ao caráter divergente da deriva litorânea nesse local, enquanto a morfologia em cúspide e o crescimento do esporão podem ser relacionados ao aporte de areia devido ao caráter convergente da deriva litorânea.

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  • placeHUINKA, S.C.; KRUGER, C.P.;LEANDRO, D.; BABINSCK, A.P. (2007)Variação da linha de costa do município de Matinhos/PR, decorridos três anos, com auxílio do GPS. In: II Simpósio Brasileiro de Geomática Presidente Prudente - SP, 24-27 de julho.
    Define-se linha de costa como sendo o limite entre o continente e a porção adjacente ao mar onde não há efetiva ação marinha no alcance máximo das ondas, concretizando-se pela presença de falésias, no limite entre a vegetação e a praia, ou nos costões rochosos, ou por qualquer outra feição que marque o início da área continental (SOARES, 1985). A percepção de que localmente esta linha não é estável, podendo retrogradar ou progradar, é uma decorrência clara e direta do aumento da ocupação da zona costeira e de sua variação natural. Para determinar a variação natural da linha de costa há diversos métodos que podem ser empregados, dentre eles o Sistema de Posicionamento Global (GPS). Tornou-se também evidente que as técnicas de levantamentos e monitoramento, proporcionadas pelas ciências geodésicas, permitem não apenas uma descrição atualizada de áreas de risco, mas também o estudo da evolução temporal. Desta forma, este artigo apresenta a avaliação temporal da linha de costa da região de Matinhos que está sujeita a um significativo processo erosivo e que sofre as conseqüências da falta de um planejamento urbano em áreas de risco. Constatou-se que ao longo de três anos a linha de costa chegou a retrogradar até 35,85 metros e a progradar 0,24 metros em outro trecho.

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  • placeROSA, L.C. & Borzone, C.A. (2008) Uma abordagem morfodinâmica na caracterização fisica das praias estuarinas da Baia de Paranaguá, sul do Brasil. Revista Brasileira de Geociências 38(2): 237-245
    Nesse estudo, treze praias estuarinas localizadas ao longo da Baía de Paranaguá foram caracteriza- das quanto a sua morfologia, composição sedimentar, regime de ondas e morfodinamismo. Morfologicamente, as praias foram caracterizadas por apresentarem uma porção superior estreita e íngreme seguido por uma pla- nície geralmente extensa e com baixa declividade na porção inferior. Em alguns locais, a forte influência de correntes de maré inibiram a formação da planície na porção inferior da praia. A composição sedimentar da face praial variou entre areia fina muito bem selecionada a areia grossa pobremente selecionada, sendo que esse aumento no diâmetro do grão seguido pela redução do grau de seleção dos sedimentos foi observado ao longo das praias em direção ao interior da baía. Por outro lado, a proporção de frações finas do sedimento nas planícies aumentaram em direção ao interior do estuário fazendo com que estas variassem entre arenosa a lamosas. O regime de onda atuante nesses ambientes caracteriza-se por apresentarem ondas de baixa altura (Hb < 0,25m) e período curto (T < 5s). Diferenças no regime de onda foram observadas entre os períodos de maré e ao longo do estuário evidenciando um gradiente energético. Embora a aplicação dos modelos morfodinâmicos usuais tenha sido limitada pela qualidade dos dados de ondas utilizados, os perfis morfológicos observados corresponderam em parte com os descritos para ambientes de praia modificados e, principalmente, dominados por maré.

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Oceanografia
  • placeGARRISON, T. (1998) Tides. In:Oceanography. A invitation to Marine Science. 2nd e.d Wadsworth. Belmont. Traduzido por José Claro da Foseca Neto
    Marés são mudanças periódicas de curta duração na altura da superfície oceânica em um determinado lugar, causado pela combinação da força gravitacional da Lua, do Sol e do movimento da Terra. Com um comprimento de onda que pode equivaler à metade da circunferência da Terra, as marés são as mais longas das ondas. Diferente de outros tipos de ondas, essa enorme onda de águas rasas nunca está livres das forças que a origina, agindo de maneira incomum, mas previsível. A cerca de 300 a.c., os navegadores gregos e o astrônomo Pytheas foram os primeiros a identificarem a conexão entre a posição da Lua com a altura da maré, mas o conhecimento completo das marés teve de esperar pelas análises da gravidade de Isaac Newton. Sabe-se então que a principal causa das marés é a gravidade da Lua atuando sobre o oceano.

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  • placeMARTINS, G.J.; MARONE,E.; ANGULO, R.J.; NOERNBERG, M.A.; QUADROS, C.J.L. (2004) Dinâmica da zona rasa de Shoaling e o transporte de sedimentos na desembocadura sul do Complexo Estuarino de paranaguá - PR. boletim paranaense de Geociências, 54:51-64.
    O presente trabalho caracteriza os parâmetros de ondas e analisa o potencial hidrodinâmico para o transporte de sedimentos por tração e de material particulado em suspensão, na costa adjacente à desembo- cadura sul do complexo estuarino de Paranaguá em decorrência do regime de ondas e das correntes de marés atuantes em períodos de mar calmo. A área estudada apresenta uma dinâmica complexa, devido à sua locali- zação na saída de um grande estuário em uma costa com energia de onda relativamente elevada. Os objetivos principais foram os de caracterizar os parâmetros de ondas, avaliar o padrão de correntes junto à costa e estimar o potencial das correntes para o transporte de sedimentos. A caracterização dos parâmetros de ondas e das correntes paralelas à costa foi obtida através de correntômetro/ondômetro direcional eletromagnético InterOcean S4, fundeado imediatamente atrás da arrebentação das ondas na praia do Balneário Atami. Os fundeios foram realizados em períodos de baixa energia de ondas, quando era possível a sua instalação, sendo que os resultados são referentes a tais condições. Os resultados apontaram que a direção preferencial de chegada de ondas é de SE, sendo que a direção predominante de transporte médio longitudinal à costa foi de nordeste para sudoeste. As inversões das correntes associadas às variações da maré indicaram uma efeti- va influência destas na direção do transporte. Com base nos resultados obtidos, são apresentadas sugestões visando incentivar a implementação de estratégias de monitoramento do fluxo de sedimentos costeiro.

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  • placeVANHONI, F.; MENDONçA, F. (2009) O clima do litoral do Estado do Paraná. Revista Brasileira de Climatologia. 49-63.
    O Brasil apresenta um vasto litoral, com cerca de 8.000 quilômetros de extensão. O litoral do estado do Paraná é um dos menores, representando cerca de 100 km deste total numa área de aproximadamente 6.600 quilômetros quadrados. Devido aos fatores estáticos e dinâmicos atuantes, o clima desta área apresenta-se de maneira complexa e particular. O presente trabalho sintetiza as características climáticas do litoral paranaense a partir da abordagem de dois elementos: a temperatura do ar e a pluviosidade. A chuva apresenta-se de forma concentrada nos meses de verão, sendo que as menores médias destacam-se nos meses de inverno. O total médio anual e sazonal varia entre a planície e as áreas mais altas, sendo estas as que apresentam os maiores indices. O total anual de chuvas, nos anos de ocorrência do El Niño, apresentou-se acima da média histórica, evidenciando a ligação entre aquele evento no oceano Pacífico e as chuvas no litoral Atlântico. A temperatura não apresentou grandes diferenças entre as estações analisadas, porém assim como a piuviosidade sofre a influência do relevo que se apresenta de forma bastante irregular nas proximidades da região, chegando a mais de 1 600 m de altitude. O tipo climático predominante na área é o Cfa, controlado por sistemas tropicais e polares.

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  • placeSILVA, M.C. (2000) Estuários - Critérios para uma classificação ambiental. Revista Brasileira de Recursos Hídrico, v 5(1): 25-35.
    O presente trabalho procura rever as definições de estuário que têm sido propostas na literatura. bem como os respectivos sistemas de classificação. São analisados as classificações que se baseiam em critérios morfológicos, hidrodinâmicos e de salinidade, identificando-se diversos sistemas de classificação que, em alguns casos, permitem prever, com base em parâ,etros adimenxionais, qual a estrutura salina provável da coluna d´água, Uma classificação de cariz morfológico, que relaciona esses aspectos com os processos hidrodinâmicos mais relevantes, é também apresentada. São paresentados critérios de classificação ambiental. Neste contexto, é proposta uma abordagem que cobre os aspectos referentes a qualidade estética, sanitária, ao estado trófico e à poluição por substâncias perigosas. Salientam-se as dependências das características físicas e a necessidade de as conhecer para sustentar medidas de gestão destinadas a proteger ou melhorar características ambientais atalmente presentes nos estuários de interesse. Finalmente refere-se o interesse em testar a operacionalidade dos sistemas identificados a um conjunto de estuários, em particular aos estuários portugueses.

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Ecologia
  • placeBRANCO, J. O.; BARBIERI, E. & FRACASSO, H. A. A. (2010). Técnicas de pesquisa em aves marinhas, 219 - 235p. In: Sandro Von Matter; Fernando Straube; Iuri Accordi; Vitor Piacentini; José Fávio Cândido-Jr. (Org.). Ornitologia e Conservação: Ciência aplicada, técnicas de pesquisa e levantamento Organizadores. Technical Books Editora, RJ.
    No Brasil ocorrem cerca de 150 espécies de aves marinhas pertencentes às ordens Sphenisciformes, Procellariiformes, Pelecaniformes, Charadriiformes, mas apenas 18 podem ser encontradas nidificando no país. Aves marinhas são consideradas boas indicadoras das características oceanográ- ficas, especialmente da produtividade de estoques pesqueiros, e por suas interações com as atividades de pesca. O conhecimento detalhado da biologia, características genéticas, estrutura populacional e aspectos ecológicos da avifauna marinha brasileira são essenciais para que planos de proteção e con- servação dos ecossistemas costeiros sejam melhores delineados e efetivados. Assim, descrevemos al- guns métodos de como obter dados para estudar as aves marinhas que nidificam em ilhas, bem como metodologias para acompanhar suas atividades fora dos sítios de nidificação, procurando contribuir para o conhecimento desse grupo especializado de aves.

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  • placeLANA, P.C. (1998) Manguezais, Legislação e gestão de áreas costeiras - o caso da Baía de Paranagua.
    Este trabaho avalia criticamente o atual conhecimento dos manguezais da Baía de Paranguá, por meio da identificação de sua extensão e de seus limites, dos usos atuais e potenciais de seus recursos (exemplificados pelos animais bentônicos), das pressões e tensores sobre tais recursos e dos instrumentos legais de controle social. Apresenta alternativas para o atual modelo de controle e apropriação social, com sugestões para o seu zoneamento e adoção de estratégias de gestão patrimonial. O insucesso das atuais formas de gestão, que têm um cunho burocrático, centralizador e restritivo, se deve, por um lado, ao descompasso com a realidade científica fatual e, por outro, à falta de envolvimento das populações locais diretamente envolvidas ou afetadas. A fundamentação básica para um plano de manejo dos manguezais regionais é a aceitação de que sua gestão regional não deve ser confundida com conservação estrita, como sugerido pela legislação ambiental ou pelos ambientalistas mais ortodoxos. O mecanismo primário seria o de envolvimento direto das comunidades locais, com o estabelecimento de direitos exclusivos para o acesso de recursos, com a definição de cotas de exploração e a promoção de uma efetiva fiscalização por meio das auto-regulação. Esta regulação deveria ser fruto de consenso entre os pescadores ou "extratores", amparados pelas melhores evidências científicas disponíveis, mais do que por uma atividade pública coersitiva, como ocorre nos dias de hoje. Atualmente, tais contratos não são contemplados ou sequer encontram amparo legal nas políticas públicas que tratam da conservação e preservação de recursos naturais da zona costeira.

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  • placeLANA, P.C.; MARONE, E.; LOPES, R.M. e MACHADO,E.C. (2001) The subtropical estuarine complex of Paranaguá Bay, Brazil. In: U.Seeliger e B. Kjerfve (eds.) Coastal marine Ecossystem of Latin America. Ecologogical Studies, 14:131-145.
    Paranagua Bay, on the coast of Parana State in southeastern Brazil (48°25'W, 25°30'S), is part of a large interconnected subtropical estuarine system that includes the Iguape-Cananéia Bay system on the southern coast of Sao Paulo State. Rather than being an estuary, Paranagua Bay (612 kml) is best defined as an estuarine system comprised of two main water bodies, the Paranagua and Antonina bays (260 krnz) and the Laran- jeiras and Pinheiros bays (200km1). The system connects to the open sea through three tidal channels, with the main entrance area around Mel Island (152 kmz; Fig. 10.1). The structural properties of the bay are typical for a marine ingression environment. Forced regressions, following sea-level maxima at approx. 120,000 and 5,100 B.P., have formed an upper and a lower geomorphologic zone, represented by a drowned, narrow paleo-valley west of Paranagua City and by wide beach ridge plains east of Paranagua, respectively (Angulo 1992; Angulo and Lessa 1997). An extensive coastal plain surrounds Paranagua Bay and the upper reaches of the bay originate about 50km inland at the piedmont of the Serra do Mar mountain range. Mangrove swamps and marshes mainly fringe the interior of the system, while ocean-exposed areas adjacent to the mouth are composed of extensive sand beaches and some rocky shores (Angulo 1992)

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  • placeLANA, P.C; NOERMBERG, M.A (2002), A sensibilidade de Manguezais e Marismas a impactos por óleo - fato ou mito. Uma ferramenta para a avaliação da vulnerabilidade de sistemas costeiros. Geografares, nº3.
    O geoprocessamento e o sensoriamento remoto são ferramentas eficientes para a avaliação da vulnerabilidade ambiental e para a coordenação de ações em casos de acidentes com resíduos perigosos. Ademais, permitem rápida atualização das informações sobre a variabilidade ambiental, no tempo e no espaço, tão característica dos sistemas costeiros. Entretanto, a hierarquização da sensibilidade de sistemas costeiras deve levar em conta as diferenças na resposta dos sistemas biológicos a impactos por óleo, considerando a natureza, intensidade, extensão e periodicidade das perturbações envolvidas.

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  • placeLANA, P.C. (2003) Manguezais: estrutura e funcionamento. Texto elaborado para a disciplina de Ecologia do Curso de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR.
    A estrutura das associações zooplanctônicasdo complexo estuarino de Paranaguá foi estudada no inverno de 1993 e no verão de 1994. Copépodes dos gêneros Acartia, Paracalanus, Parvocalanus, Temora, Pseudodiaptomus, Oithona e Euterpina foram dominantes, atingindo até cerca de 90% da densidade total. A única espécie que ocorreu preferencialmente em salinidades inferiores a 15 foi o calanóide Pseudodiaptomus richardi, que representa o principal componente do holoplâncton nos setores oligohalinos. Acartia tonsa e Oithona oswaldocruzi predominaram nos trechos intermediários, associadas a outras espécies estuarino-marinhas que suportam maiores variações de salinidade, como Acartia lilljeborgi, Pseudodiaptomus acutus e Oithona hebes. Espécies marinho-eurihalinas como Temora turbinata, Paracalanus quasimodo, Oithona simplex e Euterpina acutifrons ocorreram em salinidades tão baixas quanto 15, mas foram mais abundantes na área externa influenciada pela água costeira. Várias espécies marinho-estenohalinas, associadas principalmente às águas quentes da Corrente do Brasil, foram registradas no setor euhalino. Outros grupos zooplanctônicos numericamente importantes foram os tintiníneos, apendiculárias, cladóceros e alguns representantes do meroplâncton, como as larvas de poliquetas e decápodes. Os máximos de abundância do zooplâncton (até cerca de 82 000 org.m,3) ocorreram nos setores intermediários, em salinidades variando entre 15 e 30, coincidindo aproximadamente com o padrão de distribuição da biomassa fitoplanctônica.

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  • placeLANA, P.C. (2003a) As marismas da Baía de Paranaguá: características gerais, modos de apropriação e implicações para a legislação ambiental. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 8, p. 11-23.
    Este artigo apresenta uma síntese do atual conhecimento das marismas da Baía de Paranaguá, procurando acentuar suas diferenças fisiográficas, fiorísticas e faunísticas em relaçao aos manguezais locais. Os usos e formas de apropriação desses sistemas têm sido pouco estudados na região e seus recursos potenciais e suas funções ecológicas têm sido subestimados. Uma análise comparativa dos atributos estruturais e funcionais dos manguezais e marismas regionais acentua a necessidade de revisão da legislação ambiental específica.

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  • placeLOPES,R.M; VALE,R.;BRANDINI,F.P. (1998) Composição, abundância e distribuição espacial do zooplâncton no complexo estuarino de Paranaguá durante o inverno de 1993 e o verão de 1994. Rev. bras. oceanogr., 46(2):195-211
    A estrutura das associações zooplanctônicasdo complexo estuarino de Paranaguá foi estudada no inverno de 1993 e no verão de 1994. Copépodes dos gêneros Acartia, Paracalanus, Parvocalanus, Temora, Pseudodiaptomus, Oithona e Euterpina foram dominantes, atingindo até cerca de 90% da densidade total. A única espécie que ocorreu preferencialmente em salinidades inferiores a 15 foi o calanóide Pseudodiaptomus richardi, que representa o principal componente do holoplâncton nos setores oligohalinos. Acartia tonsa e Oithona oswaldocruzi predominaram nos trechos intermediários, associadas a outras espécies estuarino-marinhas que suportam maiores variações de salinidade, como Acartia lilljeborgi, Pseudodiaptomus acutus e Oithona hebes. Espécies marinho-eurihalinas como Temora turbinata, Paracalanus quasimodo, Oithona simplex e Euterpina acutifrons ocorreram em salinidades tão baixas quanto 15, mas foram mais abundantes na área externa influenciada pela água costeira. Várias espécies marinho-estenohalinas, associadas principalmente às águas quentes da Corrente do Brasil, foram registradas no setor euhalino. Outros grupos zooplanctônicos numericamente importantes foram os tintiníneos, apendiculárias, cladóceros e alguns representantes do meroplâncton, como as larvas de poliquetas e decápodes. Os máximos de abundância do zooplâncton (até cerca de 82 000 org.m,3) ocorreram nos setores intermediários, em salinidades variando entre 15 e 30, coincidindo aproximadamente com o padrão de distribuição da biomassa fitoplanctônica.

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  • placeNARCHI, W. (1973) Crustáceos- Estudos Práticos. EDUSP. São Paulo. 116p. Apostila.
  • placeSILVA, S.M.; BRITEZ,R.M. (2005) A vegetação da Planície Costeira. In História Natural e Conservação da Ilha do Mel. Marques,M.C.M; Britez, R.M. (org). editora UFPR. Curitiba. p49-84
    A vegetação ocorrente sobre as planícies costeiras brasileiras tem‘ recebido um tratamento muito heterogéneo dos diferentes estudiosos que atuaram ou atuam na érea. Essa heterogeneidade manifesta-se tanto nas abordagens dos estudos realizados como no maior ou menor esforgo de investigação em uma área especifica, muitas vezes de abrangência geográfica restrita. Encontram-se na literatura desde relatos genéricos sobre os seus principais aspectos fitofisionomicos até listagens e descrições detalhadas de diferentes regiões do litoral, além de várias propostas de mapeamento e denominação dos seus diferentes tipos e/ou comunidades vegetacionais.

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  • placeTURCATEL, M; CARVALHO, C.J.C;RAFAEL, J.A. (2007) Mutucas (Diptera: Tabanidae) do estado do Paraná, Brasil: chave de identificação pictórica para subfamílias, tribos e gêneros. Biota Neotropica v7 (n2)
    Foi realizado um levantamento das espécies de Tabanidae ocorrentes em todo o Estado do Paraná, com base em dados da literatura, registros da Coleção de Entomologia Pe. Jesus Santiago Moure depositada no Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (DZUP), registros do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP) e em coletas realizadas durante o primeiro ano do Projeto “Levantamento da fauna entomológica no Estado do Paraná” (PROFAUPAR). Foi elaborada uma chave de identificação pictórica para subfamílias, tribos e gêneros ocorrentes no Paraná. Foram confeccionados desenhos esquemáticos dos caracteres diagnósticos dos gêneros, correspondendo à morfologia da cabeça, asa, abdômen e pernas. São registradas 68 espécies, distribuídas em 23 gêneros, seis tribos e três subfamílias; 28 espécies foram registradas pela primeira vez no estado.

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Biologia
  • placeABSHER, T.M; FERREIRA, Jr. A.L; CHRISTO, S.W. (2015) Conchas de Moluscos Marinhos do Paraná. Publiki, Rio de Janeiro, 20 p.
    Ao caminhar na praia observamos aves voando sobre as ondas, pescadores indo ou retornando da pesca em suas canoas, peixes e, em qualquer que seja a praia, nos deparamos com conchas depositadas sobre a areia. Geralmente não resistimos e nos abaixamos para recolher algumas conchinhas e quando percebemos já estamos com as mãos cheias. Nesse momento ficamos em dúvida escolhendo quais vamos levar para casa e quais vamos devolver à praia. É comum levarmos o maior número de conchas com formas e cores diferentes e surge a pergunta: “Quem são e de onde vieram?” As conchas encontradas na região costeira pertencem predominantemente a um grupo de animais conhecidos como moluscos.

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Turismo
  • placeSPERB, M.P; FONTOURA, L; TELLES, D.H.Q. (2007) Meio Ambiente e turismo na Ilha do Mel, PR: enfoque sobre a legislação aplicada.
    O setor de turismo já foi considerado na década de 1960 a “indústria sem chaminés” e uma alternativa de desenvolvimento econômico para países periféricos (RODRIGUES, 1999). Atualmente, é comprovado que esta atividade econômica transforma paisagens, geralmente associado à degradação ambiental. Junto a isso, pode gerar ainda mais exclusão social e pobreza, se não forem tomados os devidos cuidados na hora de se estabelecerem novos empreendimentos com fins econômicos.

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  • placeFONSECA NETO, J.C. (2007) Ecoturismo no Litoral do Paraná: caminhos e descaminhos. UFPR. Tese de Doutorado. 250p.
    O ecoturismo é uma atividade oriunda dos movimentos ambientalistas do início da década de 1980, que o vislumbravam como a alternativa viável para conciliar o turismo com a conservação de áreas naturais protegidas. Depois disto, diversos setores da sociedade começaram a promovê-lo, cada um defendendo seus interesses mediatos e imediatos. De maneira geral, pode ser caracterizado por se desenvolver em áreas relativamente bem preservadas, objetivando propiciar uma experiência em contato com a natureza, procurando não causar impactos ou os mínimos possíveis nela. A esse eixo são acrescentados outros componentes que variarão conforme a posição ético/política do proponente em relação às questões ambientais, e como interpreta as dimensões do desenvolvimento sustentável (ecológica, econômica e social). O equilíbrio entre as dimensões é muito difícil, porque geralmente se prioriza uma dimensão, ficando as demais subordinadas a esta. Isso determina a existência de um espectro de agências e atividades, onde, em um extremo, se encontra aquelas mais próximas ao ecoturismo (ainda com suas variações) e no outro, aquelas mais próximas o turismo convencional. O objetivo do trabalho é analisar as agências e suas atividades ditas ecoturísticas, que atuam na região do litoral do Paraná, e procurar identificar em que medida se posicionam neste espectro, de acordo como atendem os elementos básicos do ecoturismo: auxílio à conservação, educação ambiental do turista, benefício à comunidade e uso sustentável dos recursos naturais e culturais. Em seguida foi averiguada qual dimensão do desenvolvimento sustentável está sendo priorizado. Foram identificadas 18 agências e 11 foram analisadas junto com suas atividades, através de questionários estruturados, no período de outubro a março de 2007. As questões buscaram identificar os locais que são utilizados, como operam, características gerais da empresa, relacionamento com a comunidade, apoio à conservação, educação do turista, frequência de operação, entre outros. Foram aplicados questionários estruturados com perguntas abertas aos informantes-chaves das empresas. Os dados foram categorizados e organizados para a análise de freqüência relativa e absoluta. Os resultados demonstram que o ecoturismo acontece concentrado no litoral norte do Paraná, ocorrendo, principalmente, nos municípios de Morretes, Antonina e Guaraqueçaba. Todos os atrativos estão em unidades de conservação de uso indireto e uso sustentável, conferindo-lhes boa integridade ecológica dos seus componentes. As atividades mais desenvolvidas são as caminhadas e passeios de barco. As comunidades visitadas se encontram em diferentes estágios de desenvolvimento turístico. As mais freqüentadas são aquelas no entorno do PARNA do Superagui. Em relação a se as agências atendem os requisitos básicos do ecoturismo na região, isso ocorre de maneira difusa, com algumas atendendo mais requisitos do que outros, e algumas atendendo só um. Pode-se considerar que todas demonstram, em alguma medida, o uso sustentável dos recursos naturais e culturais, entretanto, o auxílio à conservação da região é discreto. Todas repassam informação aos participantes, mas apenas três têm programas de educação ambiental. As comunidades envolvidas são beneficiadas com o ecoturismo, mas nem todos os moradores estão aptos a aproveitar os benefícios decorrentes. Em função dos objetivos que têm para com o litoral do Paraná, foi possível identificar cinco tipos de agências divididas em dois grupos. O primeiro grupo é formado por três agências que não operam diretamente no litoral, terceirizando suas atividades. Como não interferem diretamente na região, foram consideradas do tipo “exploradoras”. O segundo grupo é o que efetivamente atua. Dentre os tipos presentes, se encontram três agências que foram consideradas como “usuárias”, pois têm a região apenas como um pano de fundo para a execução de suas atividades, com pouco ou nenhum contato com as comunidades. Duas agências foram consideradas “educacionais”, visto que o seu objetivo para com o litoral, é de utilizá-lo como uma sala de aula. Duas agências foram consideradas “desenvolvimentistas” em função da sua participação na capacitação de mão-de-obra local e participarem de conselhos comunitários e gestores da região. Uma agência foi considerada conservacionista pois sua abertura está associada à criação de uma RPPN no litoral. As agências estão atendendo, em diferentes graus de intensidade, as dimensões do desenvolvimento sustentável, onde a maioria prioriza a dimensão econômica em detrimento da dimensão ecológica e social.

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  • place CORBARI, S.D., AZEVEDO,N.T., SAMPAIO, C.A.C. & SERAFINI, T.Z. (2021) ENTRE A PERIFERIA DO PRAZER E A ZONA DE SACRIFÍCIO: O TURISMO COMO ARGUMENTO NA ARENA DE UM CONFLITO SOCIOAMBIENTAL NO LITORAL DO PARANÁ. Tur., Visão e Ação, v24, n1, p112-134,Jan./Abr.
    As zonas costeiras detêm locais privilegiados ou únicos, caracterizando um monopólio espacial de certas atividades, como a industrial-portuária e a turística. Não obstante, as práticas espaciais inerentes a este processo, podem gerar conflitos socioambientais. É o que vem ocorrendo em Pontal do Paraná, litoral paranaense, onde o processo de territorialização industrial-portuária gerou um conflito socioambiental entre atores sociais com diferentes interesses no território e nos bens naturais. Em uma primeira incursão a campo, verificou-se que o turismo era acionado pelos atores sociais como uma estratégia argumentativa para respaldar seus discursos e interesses. Esse foi o fio condutor da presentepesquisa, que foi delineada tendo como objetivo identificar e categorizar o discurso dos atores sociais envolvidos no conflito socioambiental deflagrado pela expansão industrial-portuária, com ênfase no turismo. Para isso, foi realizada uma pesquisa empírica, utilizando-se da pesquisa documental, de entrevistas semiestruturadas e observação. Os dados foram analisados por meio da Análise Textual Discursiva (ATD), pela qual constatou-se a existência de quatro discursos, sendo dois favoráveis à territorialização industrial- portuária, um contrário e um categorizado como do “caminho do meio”. Esses grupos, em exceção às comunidades tradicionais, utilizam-se do turismo como argumento legitimador de seus posicionamentos e discursos. De forma geral, verifica-se que há uma disputa entre uma zona de sacrifício e a continuidade de uma “periferia do prazer”.

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Saída de Campo
  • placeSIGRIST, T. (2014) Práticas e técnicas de observação da natureza. Avisbrasilis. Vinhedo. eBook. 228p.
    A observação das aves e da natureza, por exemplo, é uma atividade relaxante e fascinante, que pode ser praticada por crianças, jovens e adultos. É um dos hobbies mais apreciados em todo o mundo. Este livro tráz um conjunto de técnicas indicadas para quem quer se aventurar na natureza para registrar a estrutura e a dinâmicas dos ambiente naturais no Brasil e no mundo

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História
  • placeSTADEN, HANS (1557) Duas viagens ao Brasil. Le Livros. Porto Alegre, RS. L&PM, 2011.
    Hans Staden, um alemão que fora aprisionado pelos tupinambás no litoral fluminense, em 1554, depois de ter voltado para casa, escreveu, provavelmente, um dos primeiros best-seller sobre o Novo Mundo. Sua narrativa, tantas vezes editada entre nós, não só teve agora uma bem ilustrada nova impressão, como serviu de roteiro para um filme que ora ganha cartaz no Brasil inteiro.

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  • placeLista Colaborativa Documentarios sobre Litoral do Parana, M'byas Guaranis, Caicaras, Pescadores, Agricultores, Quilombolas e seus territorios.
    Compilamos em parceria com os Programas de Educação Tutorial Comunidades do Campo e Litoral Social da Universidade Federal do Paraná, Setor Litoral, esta lista de filmes e vídeos documentários que foram produzidos sobre e no litoral do Paraná, trazendo materiais audiovisuais que retratam estas paisagens e biodiversidade da Mata Atlântica, sua história e a cultura dos seus povos ancestrais M’byá Guarani, os Caiçaras, Pescadores Artesanais, Agricultores e Quilombolas, extrapolando os limites políticos para outras territorialidades e cosmovisões. É uma lista em construção permanente para tempos de pandemia. Durante este período de isolamento físico e de suspensão do calendário acadêmico, que tal conhecer um pouco mais sobre nosso lugar?

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